1. Introduçao
A adolescência, segundo Brandão (2009), pode ser caracterizada como um
período de transição entre a infância e a vida adulta, sendo uma fase do
desenvolvimento humano determinada por
uma série de transformações físicas e cognitivas, além de mudanças de cunho afetivo, psíquico e social. Em relação
à idade em que ela ocorre, de acordo com a Lei
moçambicana, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e Adolescente, é considerado adolescente o indivíduo com idade inferior a
dezoito anos.
Contudo, ainda de acordo com Brandão (2009), alguns autores fazem um
questionamento importante acerca dessas
demarcações etárias, referem que condições econômicas, políticas e
sociais determinam comportamentos
individuais e grupais, por isso devem ser
consideradas ao tentar se compreender a adolescência e estabelecer
limites de idade para essa fase da vida.
Dessa forma, a adolescência é compreendida com uma fase indefinida e um
período que é passível de crises e
conflitos, porém um período de busca de liberdade, inclusive sexual. Esta relativa liberdade sexual abre um universo
novo e complexo, já que, geralmente, e de modo especial no caso das
adolescentes, elas desconhecem o fato de que uma experiência precoce trará consigo
uma série de implicações na sua vida como DTSs, gravidez indesejada, a
prática do aborto e até conseqüências
mais fatais (Silva, 2004, citado por Cipriano, 2007).
Uma observação importante é que o desenvolvimento sexual do adolescente
sofre influências de si próprio, da família, de sua cultura e subcultura e de
seus companheiros, sendo a pressão do grupo, talvez, o fator mais poderoso para
determinar seu comportamento
Quando iniciam a puberdade, os adolescentes começam a despertar para a
sexualidade, surgindo dúvidas e curiosidades, sendo que as novas experiências
são buscadas com ansiedade, por uma grande parcela destes adolescentes, sem
qualquer tipo de conhecimento, planejamento e prevenção. Assim, a sexualidade é
um dos tópicos mais problemáticos da adolescência (Brandão, 2009).
1.2.1. Objectivo
Geral
·
Identificar estratégias que possam ser reproduzidas na
prevenção da gravidez.
1.2.2 Objectivos
Especifícos
·
Identificar o índice de gravidez entre as adolescentes
em Moçambique;
·
Descrever as implicacoes psicossociais da gravidez
precoce; e
·
Analisar os comportamentos das adolescentes na fase de
gestacao.
1.3. Justificativa
Com este estudo pretendeu-se contribuir com informações que possibilitem
reflexões a nivel da ciencia e dos profissionais que tem trabalhado nessa area.
Portanto, foi feito em função de uma atenção que possa reduzir o alto
percentual de gravidez precoce e indesejada entre as adolescentes.
1.4. Metodologia
Para a elaboração desse trabalho, recorreu-se fundamententalmente a
revisão bibliográfica, buscou-se identificar, no bairro e no presente projecto,
experiências que apontavam para a busca de solução para este grave problema
social – a gravidez na adolescência.
Inicialmente, por meio de levantamento feito junto aos pais e aos
liderse comunitarios, foram identificadas as adolescentes que já engravidaram
ou estão grávidas. Por meio de uma analise, foram levantados dados que
possibilitaram uma caracterização geral das mesmas, no mínimo em relação à
idade, número de gestações e com quem vivem. Sem a pretensão de caracterizar o
perfil das adolescentes, estes dados contribuíram para melhor dimensionamento
do problema relacionado à gravidez na adolescência.
Concomitantemente, foi realizada uma pesquisa bibliográfica em livros,
cadernos de estudo, publicações do Ministério da Saúde, e outros sítios
acessíveis por meio do Google Acadêmico. Após leitura e analise dos textos, o
resultado foi registrado sob a forma de uma revisão narrativa.
2. Descrição da Instituição
GESS – Grupo de Educação Sexual e Promoção da Saúde
O
Grupo de Educação Sexual e Promoção da
Saúde (GESS) é uma iniciativa de grupo de pesssoas sedeadas no Bairro da Polana Canico,
coordenado por um presidente e uma
secretária-geral. É uma organização de carácter social, apartidário e não
lucrativo, voltada para a área da saúde sexual de jovens e adolescentes. Foi
criada á 20 de Maio de 2003 com o conhecimento e consentimento das estruturas
do Bairo.
2.1.
Visão
Com
esse projeto, o GESS, visa promover, de forma integrada, às
iniciativas já existentes a nivel do bairro, a formação de multiplicadores
jovens e lideranças comunitárias, com foco na mobilização social e na difusão
de informações relacionadas aos direitos das crianças dos adolescentes, à
prevenção da gravidez precoce, às DST/Aids e à violência sexual.
2.3.
Objectivos
São
objectivos do GESS:
mobilizar
adolescentes, jovens e actores do Sistema de Garantia dos Direitos de Crianças
e Adolescentes à trabalharem na prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis
(DTS-SIDA), na promoção dos direitos sexuais, na prevenção da gravidez
indesejada entre adolescentes e no combate a exploração sexual contra
adolescentes.
2.4.
Actividades
As
actividades do GESS são voltadas para jovens e adolescentes, lideranças
comunitárias (homens e mulheres adultos), palestras nas escolas e unidades
sanitárias. As atividades são baseadas
nas seguintes temáticas: Prevenção à Violência Sexual; Combate á gravidez
precoce; Direitos da Criança e Promoção da Saúde e Prevenção à
DTS-SIDA;
As
metodologias do GESS se baseiam na Articulação de Alianças, na realização de Palestras de Mobilização, com o
intuito de promover o projecto e tornar comum a iniciativano bairro e na
coordenação de Mini-Cursos
voltados para os representantes do Sistema de Garantias e das escolas, jovens,
adultos e lideranças das comunidades.
2.5. Palestras de Mobilização
O GESS reúne
lideranças, jovens, representantes de escolas, para aprofundar sobre as
metodologias do GESS e os caminhos para que o trabalho a cerca da
prevenção à gravidez na adolescência, DTS-SIDA e violência sexual contra
crianças e adolescentes, seja realizado.
2.6. Mini-Cursos
Educadores
e consultores do GESS desenvolvem mini-cursos com os participantes das
actividades que são divididas em cinco módulos e ocorrm em cada quarteirão.
2.7. Resultados Esperados pela
Organização
No
fim das actividades, espera-se que os jovens, adultos, lideranças comunitárias
e representantes do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do
Adolescente estejam aptos a desenvolverem metodologias de educação e prevenção
à gravidez na adolescência, DTS-SIDA e à violência sexual contra meninos e
meninas.
3. Enquadramento Teórico
3.1. Aspectos Gerais sobre Gravidez na Adolescência
A adolescência é o período da vida em que o indivíduo inicia sua
interação com o mundo externo de maneira mais autónoma sem, no entanto, ter de
assumir as responsabilidades da vida adulta, por isso, é uma situação de grande
ambigüidade, visto que, mesmo sem ser exigido à altura de um adulto, não pode
comportar-se como uma criança.
Dessa forma, caracteriza-se por ser um período intermediário para a
maturidade, onde o desenvolvimento físico antecede o psicológico,
constituindo-se na ligação entre a infância e a idade adulta. Assim, “o
adolescente é considerado vulnerável por ser um grupo social que se encontra em
fase de importantes transformações biológicas e mentais, articuladas a um
redimensionamento de identidades e de papéis sociais” (Altmann, 2000).
É comum que, na adolescência, o jovem tenha dificuldade de construção de
sua identidade, de lidar com suas emoções e compreender as mudanças corporais.
Assim, se, além disto, “houveruma sobrecarga de necessidades fisiológicas e
psicológicas, a adolescência pode se caracterizar como um processo de ruptura,
inviabilizando a formação de um adulto saudável, equilibrado, consciente de
seus direitos (Altmann, 2000).
3.2. Sexualidade na Adolescência
Em relação à sexualidade, a sociedade ainda a concebe como algo ligado
somente a fatores biológicos, excluindo-se outras influências, como as
históricas, culturais e sociais. Contudo, segundo Altmann, (2000), a
sexualidade, como uma das dimensões do indivíduo, envolve além dos aspectos
reprodutivos e emocionais os elementos sociais, históricos e culturais, podendo
ser manifestada por pensamentos, atitudes e nas relações afetivas e sexuais em
si.
Becker (2003) apud Cipriano (2010), trata como complexa a evolução do
jovem no estabelecimento de sua sexualidade madura e completa, podendo ocorrer
crises e conflitos, mas também momentos de paixão, realizações e descobertas.
Entretanto, quando a adolescente exerce sua sexualidade, esta pode ser
surpreendida com uma gravidez. Observa-se, então, o estabelecimento de um
grande confronto entre a sexualidade recém descoberta e aflorada e a mãe
adolescente que deve surgir para assumir a responsabilidade por ela contraída
involuntariamente (Altmann, 2000).
Para melhor estabelecer a relação entre sexualidade e gravidez na
adolescência, neste estudo a sexualidade será entendida como uma das dimensões
do ser humano que, além dos aspecto reprodutivos e emocionais, envolve também
elementos sócio-histórico-culturais e que pode ser expressa em pensamentos,
atitudes e nas relações afetivas, sexuais. Ainda, que a relação sexual é apenas
uma das formas de expressão da sexualidade (Altmann, 2000). Ou seja, conforme
estabelecido pelo Ministério da Saúde, “a sexualidade é uma manifestação
psicoafetiva individual e social que transcende sua base biológica (sexo) e
cuja expressão é normatizada pelos valores sociais vigentes (Cipriano, 2010).
3.4. Sexualidade e a Cultura local da Adolescente
Do ponto de vista sociocultural, a gravidez na adolescência traz
consequências morais, psicológicas e sociais negativas, desconsiderando a
particularidade dos sujeitos que a estão vivenciando, apontando subliminarmente
para uma visão negativa do exercício da sexualidade na adolescência (Brandão,
2009).
Da adolescente é exigida uma postura adulta e madura, repentinamente,
desencadeando assim um corte em seu desenvolvimento uma série de perdas, tais
como: de identidade, da continuidade dos estudos, confiabilidade por parte da
família, do companheiro/parceiro que não quis assumir a gestação, de
expectativa do futuro, e, por fim, da proteção familiar.
Lins et al (1988) citados por Cipriano (2010), afirmam que há uma lacuna
de informações pela falta da educação sexual nas principais instituições em que
os adolescentes convivem; entre elas destacam-se a escola e a família."
Com isso, prevalecem os sentimentos de culpa e medo, a respeito do exercício da
sexualidade, o que leva os adolescentes a buscarem informações e
esclarecimentos a partir de fontes não confiáveis ou inaptas a ajudá-los
(Cipriano, 2010).
Cipriano (2010) cita que a literatura é unânime na afirmação de que a
gravidez na adolescência ocorre em situação de falta de informação tendo como
conseqüência, muitas vezes, a prática do abortamento, entretanto, cita que
problematizar as dificuldades relacionadas com as práticas contraceptivas entre
adolescentes e jovens pode iluminar novas abordagens do fenômeno da gravidez na
adolescência, distintas dos argumentos tradicionalmente aventados na literatura
científica correlata ao tema, tais como falta de conhecimento ou informação,
dificuldade de acesso aos métodos, baixa auto-estima, promiscuidade sexual
escolarização precária.
3.5. Algumas Causas da Gravidez na Adolescencia
Os motivos pelos quais uma adolescente engravida são diversos, desde a
iniciação precoce das actividades sexuais, sem a adequada precaução, como o uso
de contraceptivos, até mesmo à busca de identidade, vinculada à maternidade.
Entretanto, segundo Cipriano (2010), o desejo da maternidade nem sempre é o
motivo principal. Pode estar relacionado a vontade de perpetuação do namoro, à
afirmação da feminilidade através da fertilidade, à vontade de encontrar um
objetivo para a vida nos cuidados com o filho, à necessidade de companhia para
lidar com a solidão através do relacionamento com o filho, etc. Assim, a
gravidez pode significar realização e felicidade para muitas adolescentes
quando esta é desejada. Mas para a maioria delas significa tristeza, medo,
insegurança e até mesmo desespero, pois a gravidez não estava nos seus planos e
a responsabilidade pela maternidade recai totalmente sobre elas.
Segundo Cipriano (2010), é importante considerar que a gravidez precoce
também envolve os meninos, devendo, portanto, ser tratada com os mesmos em
todos os seus aspectos, físicos, morais e sociais. Além disso, segundo a
autora, “os programas devem ser estendidos aos pais, que, em sua maioria, estão
despreparados para tratar desta questão com os filhos.
Berlofi et al (2006), afirmam que educadores, profissionais de saúde e
pais, participantes activos na formação dos adolescentes, com frequência, não
têm consciência ou sensibilidade quanto ao problema desse grupo populacional:
devido à falta de informação ou, simplesmente, ao constrangimento em discutir
temas ligados à sexualidade, poupando o adolescente de usufruir do direito de
escolha, com base em informações contextualizadas, de acordo com suas
características devida.
Os autores citam ainda que, para
que o trabalho educativo seja capaz de transformar os conhecimentos em atitudes
e em comportamentos, é necessário que haja uma articulação entre a família, a
escola e as unidades de saúde, proporcionando oportunidades para que os
adolescentes conheçam os métodos contraceptivos e reflitam sobre as questões
relacionadas ao tema (Berlofi et al, 2006).
A disponibilização de informações sobre os meios de contracepção
existentes é uma das maneiras mais eficazes ao se propor um programa de
prevenção da gravidez precoce, levando em conta os avanços no âmbito da saúde
sexual e reprodutiva e os próprios avanços tecnológicos com relação à
contracepção (Berlofi et al, 2006).
3.6. Possibilidades de Intervenção
É facto que não se pode ignorar o alto índice de adolescentes grávidas e
de futuras mães despreparadas no bairro da Polana Caniço A, bem como a
reincidência de uma gravidez na adolescência. Tal aspecto, quantitativo, somado
aos fatores influenciadores da gravidez, as condições da gestação, aos aspectos
sociais, dentre outros, vêm sendo utilizados no sentido de estimular a adoção
de práticas e políticas para o seu efetivo controle no país.
Para alcançar o universo das adolescentes é preciso conhecer de perto o
problema, énecessário encontrar as lacunas deixadas pelas dúvidas para,
posteriormente, preenchê-las com respostas esclarecedoras; ou seja, a única
forma de adentrar neste “conflituoso mundo é vivenciá-lo da forma mais
enriquecedora possível: através das experiências relatadas por estas jovens que
engravidaram precocemente.
De acordo com os autores isso possibilitá trabalhar simultaneamente, os
aspectos cognitivos e afectivos da sexualidade, lidando, de modo articulado,
com idéias, valores, práticas e comportamentos. O que define uma oficina é sua
proposta de aprendizagem compartilhada, por meio de actividade grupal, face a
face, com o objectivo de construir coletivamente o conhecimento. Os
coordenadores apenas facilitam o debate, partindo sempre de dúvidas, opiniões e
valores dos próprios participantes (Cipriano et al, 2010).
Desta forma, os temas abordados e exercícios propostos, ao instigarem os
questionamentos, permitem que sejam manifestados os determinantes externos
capazes de afectar a autonomia pessoal dos adolescentes, como a classe social,
género e idade (Berlofi et al (2006).
De acordo com GESS, o meio familiar proporciona um espaço de discussão
de assuntos dificilmente abordados em
outros espaços institucionais, possibilitando a reflexão sobre suas relações
sociais, especialmente no que diz respeito à sexualidade, possibilitando
crescimento da autonomia necessária ao exercício de sua sexualidade.
Deste modo, após uma análise, a meta de mudança de comportamento,
sobretudo o uso do preservativo, deve ser adiada; que devem ser estabelecidos
objectivos fundamentais para redução do vulnerabilidade dos adolescentes.
Dentre deles, citam: desconstruir metáforas negativas relacionadas à SIDA;
propiciar espaço para discussão e reflexão sobre sexualidade; criar espaços de
reflexão sobre a relatividade ou a hierarquia dos riscos vividos actualmente
por eles (Altmann, 2000).
A adopção da estratégia abrangente pode ser positiva, visto que
possibilita a articulação de ideias, valores e comportamentos de forma
compartilhada, construindo o conhecimento de maneira colectiva, ao envolverem
os adolescentes na discussão sobre sua sexualidade e sobre a prevenção da
gravidez precoce.
Incrementar esforços para que as escolas trabalhem os temas relacionados
à saúde sexual e reprodutiva, no sentido
de inovar a disponibilizar preservativos nas escolas, a integração entre as
escolas e as unidades básicas de saúde, respeitando a autonomia dos sistemas
educacionais e das escolas, bem como a participação da comunidade no processo
(Altmann, 2000).
Há que se ter em mente, entretanto, a necessidade da constante troca de
informações entre os bairros e as unidades de saúde e as escolas, visando o
diagnóstico das condições de saúde dos estudantes e possibilitando as
intervenções necessárias para a manutenção da saúde e qualidade de vida dos
mesmos.
Deve – se fortalecer o enfrentamento das vulnerabilidades, no campo da
saúde, que possam comprometer o pleno desenvolvimento comunitario, para além de
romover a comunicação entre as comunidades, escolas e unidades de saúde,
assegurando a troca de informações sobre as condições de saúde dos estudantes.
4. Consideracoes Finais
Há que se considerar o grande desafio que se constitui um trabalho de
prevenção, especialmente por se tratar de uma população tão peculiar, como no
caso dos adolescentes, verificando-se a necessidade de constante aprimoramento
e de respeito às particularidades destes sujeitos.
Os dados levantados por este estudo permitiram concluir que os projectos
de prevenção da gravidez precoce entre as adolescentes podem ser muito
promissores, considerando que possibilitam, segundo os autores, a agregação de
conhecimentos após a participação nas oficinas de prevenção e discussão da
sexualidade, o que reforça a iminente necessidade da instituição e fortalecimento
de programas destinados à abordagem da saúde sexual e reprodutiva desta
população.
Enfatiza-se a necessidade de
considerar a importância da multidisciplinaridade e multiproficionalismo, como
forma facilitadora de diálogo, discussões e reflexões dentro das comunidades,
um multiplicador de conhecimentos, oferecendo aos adolescentes não somente
informações, mas, sobretudo, possibilitando o exercício da reflexão, para que
sejam aptos a exercerem sua autonomia de maneira responsável, a partir do
pressuposto de que, segundo os autores, os profissionais, devem atuar como
moderadores das discussões e jamais adoptarem uma postura disciplinar com
relação a valores pessoais relativos à sexualidade.
Considera-se ainda a necessidade de uma capacitação específica para a
actuação junto aos adolescentes, em todo seu contexto familiar e comunitário,
nos seus aspectos físico, psicológico e social, visto que, de acordo com a
literatura, este é um dos fatores que dificulta a atuação profissional junto a
esta população, por se tratar de um grupo com características específicas, não
devendo ser enquadrado nas políticas de atenção à criança, nem tampouco ao
adulto, devendo, portanto, ser adotada uma política de atenção específica para
esse grupo, necessitando, portanto, de qualificação e capacitação profissional
conforme sua peculiaridade.
É preciso, portanto, que haja mudanças na prática a nivel das famílias
família, de forma a incorporar a atenção ao adolescente de maneira integral.
Para tanto, é necessário um esforço conjunto entre pais, adolescentes e as
estruturas do Bairro, visando o estabelecimento da qualidade desta atenção.
Referências Bibliográficas
Altmann, H. (2000). Orientação sexual em uma escola: recortes de
corpos e de gênero. Cadernos
Berlofi, L. M. et al (2006). Prevenção da reincidência de gravidez em
adolescentes: efeitos de um programa de planejamento familiar. Acta
Paulista de Enfermagem
Brandao, E. R. (2009). Desafios da contracepção juvenil: interseções
entre gênero, sexualidade e saúde. Ciência
e Saúde Coletiva.
Cipriano, M. A. (2010). Sexualidade na escola: proposta educativa
para os adolescentes. Paraíba: Editora da Universidade Federal de Campina
Grande. Disponível em: http://www.ufcg.edu.br/~proex/iv_enc_ext/Artigos/Educacao/,
acesso aos 9 de 06 de 2012
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