ELIAS RICARDO SANDE

ELIAS RICARDO SANDE
PSICOLOGO SOCIAL E DAS ORGANIZACOES

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Aconselhamento Psicológico à portadores de HIV-SIDA: Caso Hospital Militar de Maputo


Aconselhamento Psicológico à portadores de HIV-SIDA: Caso Hospital Militar de Maputo
Autor: Elias Ricardo Sande
Univesidade Eduardo Mondlane
Maputo-2010








1.Introdução
Num processo de aconselhamento, existem certas atitudes que o conselheiro assume e que facilitam o crescimento e a satisfação do cliente. Os autores dessa área defendem que essas atitudes são não somente fundamentais como também necessárias e suficientes para o encaminhamento do processo de aconselhamento assim como de qualquer relação de atenção psicológica. No entanto, a prática e a pesquisa têm demonstrado que as chamadas “atitudes facilitadoras” são fundamentais, utilizadas e utilizáveis inclusive em linhas diferentes e em diversos trabalhos e culturas.
Este trabalho surge no âmbito da cadeira de Psicologia de Aconselhamento e constitui uma oportunidade para aliar o referencial teórico colhido durante o semestre à realidade prática, com base nas visitas estudantis efectuadas no Hospital Militar de Maputo (HMM), mais especificamente no Centro Integrado de Cuidados e Tratamento (CITRA), as quais consistiram na assistência de sessões de aconselhamento psicológico de pacientes infectados e afectados pelo HIV/SIDA.
O trabalho irá abordar Processo de Aconselhamento Psicológico sobre HIV-SIDA: Caso Hospital Militar de Maputo”, e está estruturado da seguinte forma:
  1. Introdução (âmbito, justificativa, objectivos e metodologia);
  2. Fundamentação Teórica (contextualização e definição de conceitos);
  3. Apresentação da Unidade Sanitária-HMM (descrição do grupo alvo, do ambiente físico e psicológico e descrição das visitas);
  4. Apresentação e Discussão de Resultados;
  5. Considerações Finais (conclusão e recomendações).




1.2.Justificativa
Como estudante de Psicologia, abordar a questão do processo de aconselhamento psicológico, constitui uma oprtunidade ímpar para construir a capacidade de escuta activa, ou seja, saber ouvir, bem como desenvolver a capacidade comunicativa enquanto futuro profissional. Em suma, constitui uma busca e o desenvolver das competências específicas de um qualquer profissional de psicologia, na  medida em que permite aliar a ampla bagagem adquira na sala de aula, ou seja, a teoria com a realidade prática de situações que ocorrem no nosso contexto moçambicano.
Muito especificamente quando se fala do aconselhamento psicológico à portadores de HIV-SIDA, torna-se necessário um acompanhamento profundo e total dos factos inerentes à ele, visto que falar do HIV-SIDA, é falar de um problema que apoquenta à todo nós. Daí que há uma necessidade de nós como futuros profissionais de psicologia e pela natrureza do curso ter subsídios necessários para ajudar aos nossos co-cidadãos que padecem ou que vivem com o vírus que causa sida, por forma à saberem lidar com essa nova realidade e superar todas dificuldades e barreiras que possam advir.

1.3.Objectivos
1.3.1.Objectivo Geral
                                i.            analisar a realidade prática vivida pelo psicólogo em contexto de saúde (em particular, na intervenção em pacientes seropositivos), aplicando os conhecimentos da psicologia na promoção da saúde.

1.3.2.Objectivos Específicos
                                i.            descrever a realidade observada, apontando os pontos fortes e negativos das sessões;
                              ii.            propor mecanismos de modificação dos comportamentos de risco, promovendo do auto-conhecimento e formular recomendações.

1.4.Metodologia
Segundo Moura (2005), metodologia refere-se não só a um simples conjunto de métodos, mas sim aos fundamentos e pressupostos que fundamentam um estudo particular. Nessa pesquisa, a metodologia é a explicação detalhada e rigorosa de toda acção desenvolvida. No entanto, para a elaboração do trabalho, adoptou-se como técnica a revisão bibliográfica, a observação livre e directa, a consulta de documentação de enquadramento (documentos da organização em análise) e a entrevista não estruturada aos psicólogos e alguns técnicos em actividade, bem como a  consultas de websites e informações disponíveis na Internet.

2. Apresentação da Unidade Sanitária-HMM

O Hospital Militar de Maputo-HMM localiza-se no Bairro do Sommerschield, Rua Samuel Dabula Nkumbula nº 592, telefone 21414368/9, Maputo. De acordo com a Secretária do HMM, a história reza que esta Unidade Sanitária foi criada durante a fase de organização dos serviços de Saúde Militar na então província ultramarina de Moçambique, em 1960.
Funciona com cerca de sete edifícios, dos quais uma parte destina-se para o funcionamento dos Serviços Clínicos e outra para actividades do Quartel. O efectivo era únicamente constituído por militares, quer de saúde quer doutras áreas para a realização das diversas tarefas; no entanto, por ser um número reduzido de médicos, enfermeiros, socorristas, maqueiros, mainatos e operários, actualmente, para o desenvolvimento das actividades diárias, esta Unidade Hospitalar já não é apenas constituída por militares e já conta com a participação dos civís, e é regida sob três direcções subordinadas à direcção geral, nomeadamente:
  1. Direcção clínica;
  2. Direcção administrativa;
  3. Direcção de Enfermagem.
O Centro Integrado de Cuidados e Tratamento, comummente designado por CITRA, é um centro especializado no apoio e tratamento a todo o paciente seropositivo, militares assim como civis. O CITRA iniciou as suas actividades no dia 5 de Maio de 2005 e encontra-se integrado
ao HMM.


2.1. Descrição do Grupo Alvo

O grupo alvo atendido durante as visitas era caracterizado por indivíduos seropositivos inscritos naquela unidade sanitária. Os pacientes que frequentaram os serviços de aconselhamento encontram-se no intervalo de 20 à 50 anos, salvo o caso de uma adolescente de 16 anos e uma senhora idosa de 65 anos. Do total de consultas assistidas, 53% dos pacientes eram mulheres e 47% homens. Maior parte dos pacientes que frequentam aos serviços de aconselhamento não se encontram num estado muito debilitado contrariamente aos pacientes nas enfermarias.
No total, estão actualmente inscritos no HMM, 1024 pacientes seropositivos, sendo na sua maior parte mulheres e jovens.

2.2.Descrição do Ambiente Físico e Psicológico

No CITRA encontram-se a trabalhar no aconselhamento psicossocial dos pacientes seropositivos, seis (06) psicólogos. As sessões de aconselhamento ocorrem três vezes por semana (2ͣf 4ͣf e 6ͣf) no período de manhã (das 08 às 12Horas), em três salas diferentes, das quais duas de aconselhamento individual e uma de aconselhamento em grupo. Cada sessão dura em média  30 à 40 minutos. As salas de aconselhamento individual contém uma secretária e três cadeiras das quais uma para o paciente, uma para o confidente e a outra para o psicólogo, uma ventoinha e iluminação. A sala de aconselhamento em grupo distingue-se por ser relativamente maior, contem 24 cadeiras e instrumentos práticos como mostruário dos órgãos genitais, para educação para saúde em grupo. No HMM existem diferentes programas com vista ao apoio psicossocial dos pacientes seropositivos, são eles: aconselhamento individual (para adultos e crianças) e em grupo.

2.3. Descrição das Visitas

As visitas em apresentação foram realizadas no CITRA do HMM, no dias 06, 13 e 20 de Outubro do ano em curso, e consistiram na observação e acompanhamento do aconselhamento à pacientes portadores de HIV-SIDA. As visitas centravam-se em observação e acompanhamento e aconselhamento nas sessões pré e pós-teste e participação nas consultas de seguimento pós-testes positivo. Deste modo, são as seguintes sessões assistidas:
  1. Dia 06-10-10: Sessão Pré-TARV de Acolhimento - composta por três fases: revisão geral da vida positiva, incluindo os efeitos colaterais, educação para a tomada de medicamentos e avaliação dos pacientes;
  2. Dia 13-10-10: Sessão de Apoio Psicossocial – constituída pela revelação do diagnóstico e dinâmica de grupo (casais e família),
  3. Dia 20-10-10: Sessão de Monitoria da Adesão/ Pós-TARV/ ou de Seguimento–acompanhamento  da evolução do tratamento.


3. Fundamentção Teórica
3.1. Conceito de Aconselhamento Psicológico à Seropositivos

Eisenlohr (1999), defende que aconselhamento psicológico à pessoas portadoras de  HIV-SIDA é um diálogo confidencial entre o paciente  e o conselheiro cuja finalidade é contribuir para que o primeiro supere o seu estado de stress e tome decisões relacionadas com o HIV/SIDA. Schmidt (1999), afirma que esse processo inclui a avaliação do risco pessoal de transmissão do HIV e a discussão sobre como prevenir a infecção. Centra-se específicamente em questões psicológicas e sociais relacionadas com a infecção suposta ou real pelo HIV-SIDA. Com o consentimento do paciente, o conselheiro pode alargar ao cónjuge, a parceira sexual e aos familiares (aconselhamento ao nível familiar, baseado no conceito da confidencialidade partilhada).

                                                                                

3.2. Objectivos e Importância do Aconselhamento à Seropositivos

Segundo a Fundação Alfa (2000), o aconselhamento psicológico à pessoas portadoras de HIV-SIDA, por ser uma prática que oferece as condições necessárias para a interacção entre as subjectividade, isto é, a disponibilidade mútua de trocar conhecimentos e sentimentos, permite a superação da situação de conflito. Este toma os seguintes objectivos:
Ø  melhorar o nível de conhecimento sobre HIV-SIDA;
Ø  disponibilizar apoio emocional;
Ø  ajudar o paciente a descobrir, perceber e ganhar uma visão interna acerca da sua situação, problemas ou dificuldades;
Ø  melhorar a adesão ao tratamento;
Ø  auxiliar na ressignificação da doença e projecto de vida.

Schmidt (1999), salienta que é importante a avaliação dos resultados do aconselhamento psicológico em saúde, entendendo-se que este tem uma evolução positiva quando se operou uma mudança de comportamento. Segundo a Fundação Alfa (2000), é admissível que alguns pacientes possam beneficiar de intervenções realizadas por outros técnicos de saúde que apenas desenvolveram algumas competências para o aconselhamento, enquanto que outros pacientes necessitem de um conselheiro mais experiente (psicólogo). Deste modo, segundo Almeida (1999), o aconselhamento psicológico à pessoas portadoras de HIV-SIDA têm também revelado três papéis centrais:
        i.            Papel Remediactivo
 O papel remediactivo envolve trabalhar com indivíduos ou grupos (seropositivos), assisti-los remediar (corrigir) os eventuais problemas. As intervenções remediactivas podem incluir o aconselhamento pessoal e social ou a psicoterapia ao nível individual, conjugal ou grupal;
      ii.            Papel Preventivo
É aquele em que o conselheiro procura “antecipar, evitar, e, se possível, excluir dificuldades que poderão surgir no futuro”. As intervenções preventivas podem focar-se nos designados “programas psico-educativos” visando prevenir o desenvolvimento dos problemas;
  1. Papel Desenvolvimentista
Também referido como papel educativo-desenvolvimental, o seu objectivo é ajudar os seropositivos a planear, obter e a derivar os máximos benefícios dos tipos de experiências que os capacitarão a descobrir e a desenvolver as suas potencialidades em face ao HIV-SIDA.

3.3. Comunicação e escuta activa no processo de Aconselhamento

Segundo Schmidt (1999), as habilidades de comunicação eficientes são um componente essencial para bom aconselhamento, é importante reconhecer e apoiar as mudanças de comportamento nos clientes daí que o foco deve ser no cliente. A característica mais marcante do conselheiro é a sua grande sensibilidade para  ouvir as  pessoas (Scheeffer, 1979).
O processo de aconselhamento psicológico à pessoas portadoras de HIV-SIDA envolve a construção duma aliança entre o conselheiro e o paciente, na qual quem promove a entrevista de aconselhamento disponibilizando tempo e liberdade para que o paciente explore os seus pensamentos e sentimentos, numa atmosfera de confiança (Almeida, 1999). Este autor afirma que para atingir este objectivo, o psicólogo utiliza competências básicas de aconselhamento como a escuta activa, a empatia e a reflexão, tentando compreender o paciente e a situação em que se encontra. Segundo Scheeffer (1979), o processo centra-se na compreensão que o paciente tem da situação em que se encontra e as escolhas a fazer e decisões a tomar sustentam-se nos seus próprios insights. Almeida (1999), defende que o aconselhamento psicológico também envolve 3 fases sucessivas, cuja utilidade é a de sistematizar a intervenção e identificar o tipo de competências de aconselhamento que é necessário usar em cada fase:
  1. Exploração do problema
No contexto da relação interacional entre o conselheiro e o paciente no processo de aconselhamento psicológico é facilitada no paciente uma atitudes de exploração do problema, que permita a sua identificação e caracterização a partir do seu próprio ponto de vista, bem como a focalização em preocupações específicas presentes. Esta fase exige escuta activa,com compreensão empática, aceitação positiva incondicional, reflectindo sentimentos e ajudando o paciente a ser específico;
  1. Nova compreensão do problema
Trata-se de ajudar o paciente a ver-se a si próprio e a situação em que se encontra numa nova perspectiva e de focalizar naquilo que poderá ser feito para lidar mais eficazmente com o problema. Nesta altura, o cliente tem que ser ajudado a identificar os seus recursos pessoais e extrapessoais. Esta fase exige mais especificamente a utilização da compreensão empática, transmissão de informação, ajuda para que o cliente reconheça sentimentos, inconsistências e padrões de comportamento;
  1. Delimitação de objectivos
 Trata-se de facilitar o paciente a consideração das possíveis formas de agir, a avaliação dos seus custos e consequências, a construção dum plano de acção e a forma de implementá-lo. Isto implica focalizar na resolução de problemas, pensamento criativo e processo de tomada de decisão.

4. Fases/procedimento do aconselhamento à Seropositivos no HMM
4.1.Fase do Aconselhamento Pré-teste
De acordo com os entrevistados, o aconselhamento psicológico sobre o HIV é muitas vezes prestado em relação ao teste voluntário de HIV. Uma orientação deste tipo contribui para preparer o beneficiário para o teste do HIV, “explica as implicações, a saber, se está ou não infectado pelo HIV e permite a discussão sobre os modos de fazer face ao conhecimento do seu estado serológico”-disse um dos entrevistados. Sabe-se também que esse processo envolve uma discussão sobre a sexualidade e usos de drogas usando seringas. Para aliviar a ansiedade enquanto se espera o resultado do teste, algumas pessoas podem buscar o apoio não só do conselheiro, mas também da sua própria família ou de um amigo bem informado.
4.2. Aconselhamento Posterior ao Teste
O aconselhamento psicológico posterior ao teste ajuda ao beneficiário a aceitar e enfrentar o resultado do teste do HIV. Os entrevistados afirmam que o conselheiro prepara o paciente a receber o resultado, entrega-lhe o mesmo e fornece-lhe informação complementar e, se for necessário, envia-o a outros serviços. “Os resultados do teste de HIV devem ser acompanhados sempre de aconselhamento”-argumentou a fonte. A forma de aconselhamento posterior ao teste dependerá do resultado, se for positivo, o conselheiro deve dizer ao paciente claramente e de forma mais suave e humana possível, proporcionando-lhe aconselhamento e discutindo a melhor maneira de enfrentar a situação. O aconselhamento prestado ajudará as pessoas afectadas a aceitar o seu estado serológico com respeito ao HIV e a adoptar uma atitude positiva na sua vida.
Os entrevistados apontam que o aconselhamento também é importante depois de um teste negativo. Enquanto for provável que o paciente sinta alívio, o conselheiro deverá destacar diversos pontos: um teste negativo não significa que não tenha a infecção e é fundamental que o paciente faça o teste no fim de 3-6 meses; o conselheiro deve informar-lhe sobre a prevenção do HIV e apoiar-lhe para que adopte novas práticas mais seguras e persista em mantê-las.
5. Apresentação e Discussão de Resultados
Diferentes pacientes reagiam de formas diferentes aos resultados do teste, provavelmente pelo CITRA estar separado do local de testagem, não nos foi acessível a reacção dos pacientes ao tomar conhecimento do resultado. Entretanto, relativamente ao comportamento manifesto nas primeiras sessões, muitos dos pacientes não transpareciam sentimento de angústia ou rejeição. Grande parte deles mostravam- se dispostos a ouvir aos psicólogos de modo a adoptar uma vida positiva. Grande parte dos pacientes aceitavam o seu estado e mostravam-se dispostos a aderir ao tratamento. Raros casos, existiam pacientes que resistiam a apresentação de um confidente ou que abandonavam o tratamento nos primeiros sinais de progresso no aspecto físico.

Antes de mais, é importante considerar que o HMM tem estado a desempenhar um papel peculiar no apoio psicossocial dos pacientes seropositivos, num clima caracterizado por limpeza e higiene. Durante as sessões de aconselhamento, notou-se que a actuação dos psicólogos é muito rápida e por conseguinte, não permite uma melhor exploração dos aspectos da vida do paciente que podem estar ligadas ao seu estado físico-psicossocial. Esta rapidez pode estar associada a condição socioeconómica do país que exige um rácio de um psicólogo por uma grande demanda de pacientes, aliado ao facto deste serviço funcionar apenas no período da amanhã.

Deste modo, o aconselhamento resume-se apenas em explicar como o paciente deve proceder a toma dos medicamentos, os comportamentos que deve adoptar relativamente a alimentação, prática de relações sexuais, entre outros comportamentos de risco. Assim, as sessões de aconselhamento acompanhadas foram muito directivas, informativas e, por vezes, muito repreensivas. Outro aspecto a avançar, é o facto dos telefones dos psicólogos interromperem inúmeras vezes as sessões. De considerar ainda que, não havia espaço para desenvolvimento de um vínculo afectivo e de confiança entre paciente e psicólogo porque não existe sistema de paciente fixo, diferentes psicólogos atendem diferentes pacientes.


6. Considerações Finais

6.1. Conclusão

O trabalho desenvolvido no HMM, na vertente do HIV/SIDA deve ser analisado dentro do contexto cultural, socioeconómico, demográfico e político de Moçambique. Não se pode comparar as práticas com a teoria sem ter em conta as potencialidades, oportunidades, fraquezas e ameaças que todos estes factores vão impor aos pressupostos teóricos. Assim, é de louvar e gratificar o trabalho desenvolvido, uma vez que o HIV/SIDA em Moçambique é uma situação de emergência, sem cura e que infectou e afecta milhões de pessoas.

O HMM através do CITRA, tem diversos programas que possibilitam uma abordagem eclética sobre os pacientes seropositivos com vista a aceitacão do seu estado, aprendizagem sob como adoptar bons hábitos de vida, como evitar comportamentos de risco, como iniciar e seguir o tratamento, etc. mas não permite explorar o estado emocional e o inconsciente do paciente. Portanto, as visitas no HMM permitiram que se desvendásse as fronteiras do trabalho do psicólogo na promoção da saúde na vertente do HIV/SIDA.

6.2. Recomendações

Em relação ao CITRA do HMM, recomenda-se que cada paciente devia ser atendido pelo mesmo psicólogo por forma a facilitar o  estabelecimento da relação empática e de confiança psicólogo-paciente. O aconselhamento devia fundar-se na abordagem centrada no paciente e ser menos  directivo, deste modo, o psicólogo deve ajudar o paciente a ter um auto-conceito mais realista de si, aceitar a sua condição.
Na mema medida, o psicólogo deve tentar explorar mais os comportamentos não verbais dos pacientes, podendo-se ser aumentadas as horas de atendimento ao paciente (ao invés de terminar as 12horas) e se deve contratar mais psicológos para responder essa demanda.
7. Referências Bibliográficas

Almeida, F.M. (1999). Aconselhamento Psicológico Numa Visão Fenomenológica-Existencial: Cuidar de ser. Lisboa, Porto Alegre

Eisenlohr, M.G.V. (1999) Serviço de Aconselhamento Psicológico do IPUSP: breve histórico de sua criação e mudanças ocorridas na década de 90. Lisboa: Formacau e Educa

Fundação Alfa (2000). Políticas Públicas e Saúde Mental. Disponível em  http://www.alfa1.org/portugues_temas_interes_sicologia_apoyo.htm, acessado no dia 24/05/10 as 15:55h.

Moura, G.  (2005).  Metodologia cientifica em conceito e método, Disponível em: http://www.gestaouniversitaria.com.br/index.php/edicoes/75-108/356-metodologia-cientifica-em-conceito-e-metodo.html, acessado no dia 01/11/10 as 15:45h

Schmidt, M. L. (1999). Aconselhamento Psicológico e Instituição: Algumas considerações sobre o Serviço de Aconselhamento Psicológico do IPUSP. São Paulo. Casa do Psicólogo.

Scheeffer, R. (1979). Teorias de Aconselhamento. Disponível em http://www.ibismz.org/index.php?menuId=35&upId=14, acessado no dia 03/10/10 as 15:45h